segunda-feira, 12 de maio de 2014

Vai ter Copa


Eu sei que muita gente vai me chamar de louco, incluindo aí alguns amigos. De petista, todos já me chamam. E sou.
Mas a questão não aborda saúde mental e nem manifestação político-partidária.  O que proponho é um olhar isento para analisar a realização da Copa no Brasil. O evento não pode e não deve servir de ação eleitoreira, nem mesmo para aqueles, como eu, críticos do “pão e circo”.
Em uma economia globalizada é preciso olhar para os grandes eventos como algo positivo do ponto de vista financeiro. A Copa movimenta investidores. Investimentos trazem melhorias significativas.  Ao longo da preparação, quantos empregos foram gerados no país? Só esse dado já é alentador.
Bom, é verdade que cifras significativas assim poderiam ser aplicadas em saúde, educação, segurança, mobilidade urbana, infraestrutura e tantas outras carências que temos. Comparativamente ao orçamento da União, os valores são modestos. Entretanto também gerariam empregos, combateriam algumas das nossas deficiências.
Mas para a 7ª economia mundial é possível atuar em todas as frentes. E isso tem sido feito muito embora haja maior divulgação dos problemas e críticas sobre a Copa (muito menos do que dos benefícios) do que sobre os investimentos que não deixaram de acontecer - em montantes ainda maiores - nas áreas de maior carência do país.
Por que não pensamos nisso, não criticamos, ou não cobramos uma consulta popular lá em 2007, quando o Brasil se candidatou e foi escolhido?
A maioria do povo festejou. A mídia festejou. Os grandes empresários festejaram, a classe política (em todos os níveis e partidos) festejou. Cada um olhando para a sua sardinha, claro.
Hoje, a 1 mês da abertura, a Copa é criticada pela mídia e pela oposição. Ambas botam pilha na realização de protestos, de quebra-quebras, de vandalismos. Apenas os empresários estão quietos - premidos, talvez, pela incapacidade de planejar e executar ou ainda pela prática de atrasar a entrega para exigir mais. Agora é fácil, pois os lucros financeiros advindos do evento já estão sendo contabilizados. É hora, portanto, de correr atrás dos lucros políticos e ideológicos.
Ao invés de criticar, a grande mídia, em especial, deveria sim era fomentar uma discussão profunda sobre outros aspectos relacionados ao comportamento político, moral, ético e profissional de todos os envolvidos nessa grande obra. Como se comportam os nossos representantes eleitos e seus partidos, como atuam as grandes empreiteiras e a própria mídia (posto que empresas também) e que pilares sustentam a relação entre os três.
A crítica é sempre bem-vinda.
A nossa visão crítica também.

Veja no link alguns números compilados.
http://mudamais.com/daqui-pra-melhor/desculpa-ai-mas-copa-e-boa-para-o-brasil-sim

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